DJ HÓLIVER

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O acampamento. parte 1

O acampamento. parte 1




Aproveitando o embalo de estar escrevendo sobre os tempos do quartel, resolvi contar um pouco do meu acampamento. Bem, como alguns de vocês devem saber, existe um período no serviço militar obrigatório (não somente nele) em que depois de termos todas as nossas instruções fazem um acampamento para que possamos usar tudo o que aprendemos ou que deveríamos ter aprendido. Pois bem, meu canga (é como se chama o seu parceiro) mudou, em vez de ser o acoxambergue fiquei sendo canga do jalci (ele era mais magro do que eu já fui um dia). Continuando, depois de toda a preparação dos kits que teríamos que levar e tal, chegou o dia tão temido pelos recrutas, o acampamento. Logo quando chegamos ao local começaram as revistas nas mochilas, para ver se algum recruta tinha tentado levar algo que fosse proibido como: bala, cachaça etc. Eu fui tão sortudo que eu levei dentro de um saco de sacolé umas dez balas, e esqueci de esconder, acabei deixando no meu bolso. Fui revistado mas como que por milagre ninguém percebeu (aquela foi a base da minha alimentação, por que não comia nada lá, só o café). Logo após a revista o Sargento sonic me diz – David oliveira o seu inferno começa agora !!!!! Você é o primeiro xerife, ponha a tropa em forma. Vocês acham que a tropa ficou em forma ? Sério, vocês acham ? CLARO QUE NÃO !!!!!!!!!

Então meu inferno realmente começou. Depois de pagar incontáveis flexões (pelo menos nisso eu não era tão ruim por que na barra eu era um desastre, um dia conto a história para vocês) disse à tropa que se eles não começassem a seguir as regras no final todos se ferrariam p q eu não iria servir de diversão para sempre para os sargentos. Então começaram a colaborar. Passamos por muitos obstáculos. Meu amigo Blanck feriu a cabeça em uma das pistas, mas nada de muito grave aconteceu. Só depois de ver a superação de muitos amigos e conhecidos ali naquelas pistas entendi que realmente podemos conseguir tudo se realmente nos esforçarmos. Mas a vez que meu coração bateu mais forte foi quando um sargento pos a tropa em forma e ironicamente no único dia em que eu não tinha feito a minha barba. No começo não me preocupei, por que como havia ali muitos soldados pensei que ele jamais me veria de longe. (eu deveria parar com esse pensamento p q até hoje me ferro com isso). Bem é óbvio que por uma força do destino ele me viu e logo me chamou. Ele começou a gritar e xingar totalmente descontrolado, mas depois de uns meses no quartel você acaba desenvolvendo uma habilidade contra ofensas e eu sinceramente nem estava ouvindo o que ele falava, mesmo estando a um palmo de distancia. Só sei que quando voltei a mim ouvi – Está vendo aquele rio ? Vá até lá e afunde. Eu só quero ver o seu gorro pra fora, ele será uma ilha. E lá fui eu afundar naquele rio podre. Depois de me batizar numa imitação de valão me levantei e fui em direção ao sargento, porém quem é que eu vejo vindo de longe buzinando freneticamente ? Meu Pai !!!

Rapidamente a desespero bateu e a única coisa que consegui fazer foi voltar praquele valão correndo e afundar nele com tudo. E foi o que eu fiz, saltei com toda a minha força e mergulhei naquele lugar como se fosse uma piscina. Só ouvi o Sargento gritando – Você é maluco soldado? Porque voltou ? E eu lá no valão, só com o olhinho de fora esperando o meu pai passar. E só depois que ele passou eu sai do lamaçal. Quando cheguei perto do Sargento ouvi algo que jamais pensei – Muito bom soldado !!! essa é a vibração !!!!

É gente, um elogio. Muitas coisas aconteceram naquele acampamento maluco, mas valeu muito a pena. Um dia conto mais.

5 comentários:

  1. Nussaa! é incrível seu blog,um mega diário1 Tipo, continue escrevendo, e que acampamento maluco!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Hahaha, é por isso que eu caí fora do exército qnd me alistei... Santa miopia! =P
    Parabéns pelo blog!
    Abs,
    Fabricio

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  4. Fabrício, só se torna legal depois que acaba e vc pode relembrar.

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  5. Carol, se você tivesse visto a minha face quando eu vi meu pai entrando pelo quartel de moto, você iria morrer de rir.

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